Entre o silêncio e o dizível: um estudo discursivo de sentidos de bilinguismo, educação bilíngue e currículo em escolas bilíngues português-inglês

Autora: Laura Fortes Coordenação: Mayumi Ilari, Daniel Ferraz
Neste percurso de pesquisa, lançamo-nos a um gesto de leitura sobre os discursos produzidos em torno da expansão de escolas bilíngues português-inglês no sistema educacional brasileiro, num processo de produção de sentidos marcado por uma tensão entre o silêncio e o dizível. A partir de deslocamentos teóricos, na busca por possibilidades de entremeio, a análise propôs pensar o currículo como um instrumento linguístico, constituindo outros caminhos de interpretação para compreender suas implicações políticas e ideológicas.
Introdução: o começo de um gesto de leitura I. – Puxando o fio de um relato: incursões incipientes pelas discursividades em circulação sobre a educação bilíngue II. – (Des)arquivando: adentrar o “campo de documentos pertinentes e disponíveis sobre uma questão” III. – Percursos de hipóteses: “’Quando lhe mostramos a lua, o imbecil olha o dedo’. Com efeito, por que não?” IV. – O (estado de) corpus: “conjunto sem fronteira no qual o interdiscurso, exterior, irrompe no intradiscurso” Parte I Bilinguismo e educação bilíngue: formação de conceitos, condições de produção e circulação de sentidos Capítulo 1 O bilinguismo como objeto de conhecimento: a formação dos conceitos 1.1 Discursos da linguística e produção de saberes sobre bilinguismo 1.1.1 Configuração de um arquivo do discurso científico sobre bilinguismo 1.2 Conceitualizações sobre bilinguismo produzidas pela linguística 1.2.1 O bilinguismo de prestígio em processos de designação 1.3 A emergência de conceitos discordantes: processos de ressignificação de sentidos de bilinguismo 1.3.1 Pêcheux e Pennycook: das (im)possibilidades de práticas de entremeio Considerações sobre o capítulo Capítulo 2 Políticas de línguas e memória: espaços do silêncio, espaços do dizível 2.1 Políticas de línguas 2.1.1 Memória do ensino de língua estrangeira no Brasil: uma bifurcação de sentido 2.1.2 Circunstâncias globalizantes 2.2 O espaço do silêncio: (des)regulação do discurso político-educacional 2.3 O espaço do dizível: internacionalização,poder e subjetividade Considerações sobre o capítulo Capítulo 3 Discursividades sobre a educação bilíngue no Brasil: academia, mídia e divulgação institucional 3.1 Academia: produção de saberes e (in)visibilidade de divisões 3.2 Mídia: metonímia de celebração da vantagem bilíngue 3.3 Divulgação institucional: celebração do inglês global e da comunicação espontânea Considerações sobre o capítulo Parte II - Sentidos do currículo da escola bilíngue português-inglês no discurso profissional Introdução à parte II A) Etapas da configuração do arquivo do discurso profissional B) Normas para transcrição B.1) Observações gerais sobre a transcrição C. A configuração do corpus e novas possibilidades de produção de sentidos D. Elaboração das categorias de análise para a leitura do arquivo Capítulo 4 Bilinguismo: o discurso científico e a taxonomia do impossível 4.1 O bilinguismo entre sentidos ontológicos e institucionais 4.2 Sentidos de bilinguismo como efeitos de um processo parafrástico 4.3 Sentidos de ensino bilíngue entre tautologias e espaços de equívoco 4.4 O sujeito bilíngue como máquina lógica Considerações sobre o capítulo Capítulo 5 Pygmalion: o discurso institucional e a legitimação 5.1 Venerando a criação: uma instituição sem falhas 5.2 O sujeito-aluno: projeto e produto da instituição 5.2.1 O aluno top 5.2.2 O monolíngue transformado em bilíngue 5.2.3 Cidadãos pluriculturais para o mundo globalizado 5.3 O modo comparativo de dizer construindo a legitimação 5.4 (Contra)identificações com uma educação de elite: mais um lugar de legitimação? Considerações sobre o capítulo Capítulo 6 Currículo e sujeito: recorte e organização de saberes 6.1 Processos metonímicos de definição do currículo bilíngue 6.1.1 O currículo bilíngue integrado: um lugar de completude, equilíbrio e harmonia 6.1.2 O currículo bilíngue baseado em projetos: instauração de certos modos de governamentalidade 6.1.3 O currículo bilíngue socioconstrutivista: diluição e indistinção 6.2 O currículo como organização de saberes sobre (o ensino d)a língua: representação de um lugar sempre atingível 6.2.1 (O ensino d)a língua como mediação: um saber sobre algo pela língua 6.3 O currículo bilíngue regulamentado: espaços de (des)regulação Considerações sobre o capítulo Considerações finais: “a questão da interpretação é incontornável e retornará sempre” I. – Reformulações sintéticas dos percursos de leitura II. – Transformações da hipótese inicial e formulação de uma nova hipótese a partir das relações com o “sistema diversificado” do corpus III. – Desdobramentos a partir de pontos de inflexão teórica IV. – Possibilidade de deslocamentos a partir de “tomadas de posição” Referências Índice Remissivo Sobre a autora

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