Da TV brasileira aos dias atuais: livro aborda a evolução dos programas de grande reportagem
Novo livro da editora Pimenta Cultural apresenta estudo pioneiro sobre a evolução da televisão brasileira.
O livro “O repórter na TV: uma história dos programas de grande reportagem no Brasil“, publicado pela editora Pimenta Cultural, dos autores Bruno Chiarioni e Igor Sacramento, é uma obra pioneira na área e traz uma análise histórica dos programas de grande reportagem na televisão brasileira desde os anos 1960 até os dias atuais.
Os autores, com base em uma ampla pesquisa realizada durante o estágio pós-doutoral do professor Bruno Chiarioni na Universidade Federal do Rio de Janeiro, abordam a evolução do formato de jornalismo televisivo, com ênfase nas mudanças nas performances dos repórteres diante das câmeras e na passagem do fato noticiado para a experiência pessoal do repórter.
Para a elaboração da obra, foram consultadas diversas fontes, como jornais da época, entrevistas com profissionais da área e programas de grande reportagem. O livro destaca também a importância das imagens na construção dessa história, refletindo sobre o desafio de escrever com imagens. O livro destaca a importância das imagens na construção dessa história, refletindo sobre o desafio de escrever com imagens.
Segundo Chiarioni, “essa pesquisa vem preencher uma lacuna muito importante na história do telejornalismo brasileiro, sobretudo o de grande reportagem. Pensar o lugar do repórter no jornalismo de TV e as mudanças pelas quais esse profissional atravessou durante as décadas é uma maneira de entendermos também como a comunicação é pautada pelas mudanças tecnológicas e pelos avanços das produções de alta performance”, destaca.
O livro é uma obra fundamental para a compreensão da evolução do jornalismo televisivo no Brasil. A análise rica e detalhada nos permite entender como as mudanças no formato de reportagem refletem as transformações sociais, políticas e culturais do país.
Bruno Chiarioni é jornalista e professor universitário. Doutor em Comunicação pela PUC-SP. Realizou pós-doutorado pela UFRJ. Mestre em Comunicação pela Cásper Líbero e com MBA em Cinema Documentário pela FGV-SP. Desde 2001, trabalha em canais de televisão, tendo atuado em telejornais da Rede Bandeirantes, Rede TV! e ESPN Brasil e programas de grande reportagem da Rede Globo, Record TV, SBT e CNN Brasil. Atualmente, é pós-graduando em Psicologia Junguiana pelo Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa.
Igor Sacramento é doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, professor do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde da Fiocruz e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ. É coordenador do Núcleo de Estudos em Comunicação, História e Saúde (Nechs), vinculado ao Laboratório de Pesquisa em Comunicação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica me Saúde da Fiocruz. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq e tem entre seus temas de pesquisa a história da comunicação, os estudos de televisão, a memória social, as narrativas biográficas e os discursos sobre saúde, corpo e doenças.
“O repórter na TV: uma história dos programas de grande reportagem no Brasil” é uma obra essencial para estudiosos, profissionais da área de comunicação e todos aqueles interessados em conhecer a evolução do jornalismo televisivo no país. O livro já está disponível na versão impressa nas principais livrarias e lojas online e, em breve, em formato digital.
Confira a sinopse da obra e no site da editora Pimenta Cultural mais detalhes.
Este livro faz uma história dos programas televisivos de grande reportagem no Brasil, indo dos anos 1960 até a atualidade. Trata-se de uma história com, a partir e pelas televisualidades. Constituem elementos fundamentais na análise das mudanças nesse formato de jornalismo televisivo: imagens, sons, textos, movimentos, cenas e corpos em contextos socioculturais tão específicos quanto amplos. Nesse processo histórico, as performances dos repórteres diante das câmeras não só mudam como ganham protagonismo: a subjetividade do repórter e sua experiência pessoal com o fato narrado foram ocupando o proscênio dos acontecimentos. A passagem, jargão jornalístico que designa tanto o momento em que o repórter aparece no local da notícia quanto confere autoridade ubíqua à emissora, veio a se configurar como um espaço autobiográfico, que abrange, inclusive, a emoção de narrar, na reportagem, o que sente o repórter. Como chegamos a essa configuração? Como passamos por tantas outras? Qual é o lugar dos fatos quando o fato principal passa a ser a experiência de reportar? Tratar com profundidade dessas questões só foi possível porque Bruno Chiarioni e Igor Sacramento se valeram de múltiplas fontes (jornais das épocas, entrevistas com profissionais, programas de grande reportagem). Os autores entendem que a história da televisão é também um desafio de escrever com imagens.